terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Fila

Fila

... todo canto. Em qualquer lugar do planeta que exista gente. Fila. Pro pão. Pro pagamento do carnê das prestações da moto. Pra usar o trampolim da piscina no clube. Pra receber o salário no fim do mês. Fila. Não fura, é coisa feia. Mas quem já não o fez? Quem não chegou na fila de um banco viu um amigo e se aproximou só para cumprimentar e ficou ali? Furando fila. ‘Coisa feia’. Mas isso é pré-requisito da existência da fila, ela tem que ser furada. Mas a fila não gosta dos ‘fura-filas’. Muito menos aqueles que estão atrás daquele que durou a fila. Aí é confusão. Fila é espera, cansaço nas pernas, ansiedade que o caixa trabalhe mais rápido e chegue logo a sua vez. Mas não chega. Impaciência. Fila. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, pronto! Faltam seis pessoas na minha frente para eu, “ei! Você aí! Não fure a fila! Gaiato!”. Quase confusão. Mas as pessoas se entendem. Acalmam-se. Mas ainda é fila. ‘Sabe como é que é, fila pra tudo’. Fila até pra pegar outra fila. Andou. O quê? A fila. Sou o sexto agora. Daqui a pouco sou o quinto, o quarto, o terceiro. Eita! O sistema do banco deu um pequeno problema, informa o caixa. “– Puta que pariu!”. Todo mundo quer dizer isso, mas apenas pensam. E fica aquele murmurinho. “-Isso não pode acontecer”.O sistema volta. Agora sou o primeiro. Fui atendido. Um pouco estressado pela demora. Mas quando vejo o quanto a fila está grande, me acalmo, e ainda penso: “- a fila sempre anda”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário