terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Nossa ‘Hiroshima e Nagasaki’*

Nossa ‘Hiroshima e Nagasaki’*

Perceberam que os livros, jornais, revistas, programas de televisão de hoje parecem ter saído todos de uma fábrica de automóveis? Uma produção em série de mesmas idéias, uma paráfrase interminável. Intertextos variados, que reduzem o conteúdo original. Se seu ‘feeling’ de bom leitor (se existe isso!) já atentou pra isso então posso aqui começar a complicar as coisas.
Hoje li no site do Observatório da Imprensa que as Organizações Globo, ou seja, ‘Tabajara Organizations’, estariam tentando comprar O Estado de S.Paulo. Afirmam que é boato. Boato pode até ser, mas possibilidade de acontecer tal ‘ataque nuclear’ disso não duvidemos. Pois se não disse a vocês ainda, direi agora (se bem que alguns já sabem): A 3ª Guerra Mundial já começou! Não percebem as estratégias das grandes empresas em propagar seu ideal de consumo, não vislumbraram ainda a ‘conquista’ de territórios abençoada pela lei do ‘livre-comércio’ que montam suas ‘bases militares’(filiais) e convoca seus soldados (proletários)? Mas a diferença nessa grande guerra é que não há mais nações e bandeiras identificáveis, a ‘heráldica moderna’ apresenta marcas, NIKE, MICROSOFT, MACDONALDS, SONY, PHILIPS e etc. Esses são os nomes dessas ‘nações’ que não guerreiam mais com seus compatriotas, eles convocam o próprio inimigo (nós). Nós? “Mas não sou inimigo de ninguém!” É sim meu caro trabalhador do Macdonalds, e de tantas outras ‘bases’(filiais).Mas não é interesse meu aqui falar das corporações estrangeiras(que pra mim nunca tiveram uma nacionalidade, só interesses). Aqui cabe ressaltar a possibilidade das Organizações Globo ser (e já é!) uma discípula disciplinada desse modelo que impera nessa 3ª Guerra Mundial, essa possibilidade de estrategicamente conquistar os territórios da mídia escrita (Jornal, revista), áudio (rádio) e áudio-visual (televisão) como se fossem territórios do WAR (jogo de conquista de territórios muito comum em nossa jovem sociedade). Confesso; e não serei nada imparcial; que adorava esse jogo de guerra com objetivos, e meu objetivo (comumente) era conquistar a América do Norte e Oceania. A Oceania eu deixo em paz, o povo lá é ‘da paz’, mas a América do Norte...
Deixando de lado minha sede conquistadora voltemos para a questão das ‘Organizações Tabajara ’, quer dizer, das ‘Monopolizações Globo’; opa errei de novo, das “Organizações Globo”. Analisemos agora o aspecto crucial dessa grande ‘aprendiz de feiticeiro’. O que a Globo quer, já pararam pra perguntar? O que ela quer realmente? Informar o povo brasileiro? Formar o povo brasileiro? Conscientizar o povo brasileiro? E outros verbos altruísticos filantrópicos em seu infinitivo? E depois de perguntar o que ela quer, perguntemos agora ‘porque?’. Porque ela quer comprar o ‘Estado de São Paulo’? Porque ela pode (ou não) fazer isso? Porque ela não compra outro jornal em outro local? Isso em guerra, meus francos amigos, chama-se estratégia(que nem explicou o fascista Capitão Nascimento em Tropa de Elite). Os pontos estratégicos servem para atacar melhor o inimigo, que o diga Cuba no período da Guerra Fria (capciosa chamaria ela, mas é assunto pra outro texto). Entenderam? Um importante ponto estratégico como São Paulo, a mais urbanizada de nossas cidades, a mais mercantilizada, a mais “New York” de nossas terras. Percebem? Dali fica mais fácil(abrangente) de atacar o inimigo(nós). “Nós?” É, nós denovo. Ou você acha que toda esse deslocamento de ‘exércitos globais’ no tabuleiro (Brasil) não tem uma finalidade senão que assistamos, leiamos, ouçamos todo seu conteúdo? E as Organizações Globo; meus queridos telespectadores do Big Brother, não joga apenas com 3 dados vermelhos. Preparemos nosso dados amarelos e sacudamos bem pra ver se dá sorte.



* E perdão aos japoneses por usar como ironia o nome de Hiroshima e Nagasaki, mas preconizo que sentiremos(se já não sentimos); tanto quanto vocês, a destrutiva radiação da nossa bomba, que não será uma Bomba ‘H’, mas que terá outra letra do nosso alfabeto.

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