terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Poesia Camponesa

Poesia Camponesa
(Davi Queiroz Machado)

Vastos e verdes
Campos que me inspiram
A tecer palavras

Campos imensuráveis,
A visita é inevitável
Dizem que sou camponês
E vejo os meus cães a correr
Será que de tão longe eles me vêem?
Penso coisas absurdas assim.

A carta escrevo
À amada Irmã.
Dona Cibele,
Eterna menina.


Chuva.
Lama nos campos.
E das árvores?
Folhas que caem.

“Sento-me no silêncio e apalpo a natureza”.
Inspiração.

Nos campos olho minha sombra
Companheira misteriosa
Penso ‘quando não mais a verei’?
Antecipação do fim

Antes que a noite chegue
E as corujas campesinas venham ‘rasgar-mortalha’
Registro minha última estrofe
Da poesia camponesa
Para Campos.


“Sento-me no silêncio e apalpo a natureza”. (Trecho do poema “Natureza” de Moreira Campos).

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