terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Obra prima, obra tia, obra irmã, obra mãe, obra avó(obra filha-da-puta).

Obra prima, obra tia, obra irmã, obra mãe, obra avó(obra filha-da-puta).

Não me peçam belas palavras
Hoje não foi um bom dia
Porra!
Se está lendo é porque não tem o que fazer.
E se estou escrevendo é porque não tenho o que fazer também!

Puta que pariu, estou sem idéias!
Me venda uma idéia, uma mísera frase de efeito
Pra enfeitar essa droga de poema.
Um clichê de merda, qualquer um,
Pra me iludir pensando que sou um bom escritor.
Um soneto pobre, e pode ser assimétrico.
Que se dane.

Eu quero é fazer sucesso, ser famoso, rico e tal...
Essas coisas aí que trazem o regozijo de uma vida
Sem altruísmos; e nada de autógrafos,
Pegue essa caneta e ... voçê já sabe.
Cadê, vai me vender um verso?
Branco, preto, amarelo
Azul, verde?

Não quero saber a cor, não sou racista seu bosta.
Me venda, mas dê um desconto.

“E o amor...”

Ei espera! Amor é o caralho!
Não quero falar de amor não, me venda outro verso.

“Em teus olhos...”

Vai tomar no olho do ...
Pago um real nesses versos podres.

“E o amor em teus olhos”

Pronto, comprei por um real essa obra prima da poesia!
Obra prima, obra tia, obra irmã, obra mãe, obra avó.
Obra filha da puta!

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